sexta-feira, 16 de abril de 2010

Relampiano

Tá relampiano, cadê Neném?
Tá vendendo drops no sinal pra alguém
Tá relampiano, cadê Neném?
Tá vendendo drops no sinal pra alguém

Todo dia é dia, toda hora é hora
Neném não demora pra se levantar
Mãe lavando roupa, pai já foi embora
E o caçula chora pra se acostumar
Com a vida lá de fora do barraco
Hai que endurecer um coração tão fraco
Para vencer o medo do trovão
Sua vida a ponta a contramão

Tá relampiano, cadê Neném?
Tá vendendo drops no sinal pra alguém
Tá relampiano, cadê Neném?
Tá vendendo drops no sinal pra alguém
Tá vendendo drops no sinal...

Tudo é tão normal, todo tal e qual
Neném não tem hora pra ir se deitar
Mãe passando roupa do pai de agora
De um outro caçula que ainda vai chegar
É mais uma boca dentro do barraco
Mais um quilo de farinha do mesmo saco
Para alimentar um novo João ninguém
E a cidade cresce junto com Neném.

(Lenine/ Paulinho Moska)                

Um comentário:

  1. Essa é uma letra que retrata fielmente a irresponsabilidade atual neste imenso mundo de DEUS. Só que ELE não está nada satisfeito.

    Bela escolha minha querida.

    Um beijão do vovô que tanto te ama.

    Furtado.

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