sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Altar Particular

Meu bem, que hoje me pede pra apagar a luz
E pôs meu frágil coração na cruz
Do teu penoso altar particular
Sei lá, a tua ausência me causou o caos
No breu de hoje, sinto que
o tempo da cura tornou a tristeza normal

Então, tu tome tento com meu coração
Não deixe ele vir na solidão
Encabulado por voltar a sós
Depois, que o que é confuso te deixar sorrir

Tu me devolva o que tirou daqui
Que o meu peito se abre e desata os nós

Se enfim, você um dia resolver mudar
Tirar meu pobre coração do altar
Me devolver como se deve ser

Ou então, dizer que dele resolveu cuidar
Tirar da cruz e o canonizar
Digo, faço melhor do que lhe parecer
Teu cais deve ficar em algum lugar assim
Tão longe quanto eu possa ver de mim
Onde ancoraste teu veleiro em flor

Sem mais, a vida vai passando no vazio
Estou com tudo a flutuar no rio
Esperando a resposta ao que chamo de amor
Estou com tudo a flutuar no rio
Esperando a resposta ao que chamo de amor
Estou com tudo a flutuar no rio
Esperando a resposta

Maria Gadú

2 comentários:

  1. Lindo poema Bruna,
    sempre há uma esperança,
    quando veneramos um amor
    perfeito, nos altares que visualizamos
    e de lá jamais tiramos...

    Adoro receber você em minha
    casa...

    Bjss meus
    Livinha

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  2. Olá Bruninha! Olha querida, a esperança e a perseverança ainda são duas grandes virtudes do ser humano. É como diz o ditado: "A esperança é a última que morre". Bela escolha! Parabéns!

    Beijos pra todos. Vovô te ama!

    Furtado.

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