terça-feira, 29 de setembro de 2009

A Promessa

Não vejo nada (o que eu vejo não me agrada)
Não ouço nada (o que eu ouço não diz nada)
Perdi a conta das pérolas e porcos que eu cruzei pela estrada
Estou ligado à cabo a tudo que acaba de acontecer
Propaganda é a arma do negócio
No nosso peito bate um alvo muito fácil
Mira à laser.
Miragem de consumo
Latas e litros de paz teleguiada
Estou ligado à cabo a tudo que eles têm pra oferecer

O céu é só uma promessa
Eu tenho pressa, vamos nessa direção
Atrás de um sol que nos aqueça
Minha cabeça não aguenta mais.

Tu me encontrastes de mãos vazias
E eu te encontrei na contramão
Na hora exata, na encruzilhada, na highway dasuperinformação
Estamos tão ligados, já não temos o que temer...




Humberto Gessinger

4 comentários:

  1. Oi Bruninha! Fiquei muito feliz com o teu comentário no post do dia 23/09. Conseguiste deixar o vovô altamente lisonjeado com tuas belas palavras. Obrigado de coração.

    Praticamente iniciaste o teu blog com um belo post. Foste muito feliz quando na escolha. É realmente uma bela poesia. Parabéns!

    O vovõ também te ama.

    Beijos,

    Furtado.

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  2. Lindo poema Bruna, retratando uma realidade,
    onde de fato estamos hoje ligados, no automático, na pressa do que nos satisfaz, nos interesses pessoais entre um encontro ou outro casuais.... Êpa! cadê eu, cadê ele, cadê nós,
    amanhã quem sabe nos veremos nos sinais...

    Mto bom Bruna, Parabéns!!
    Bjss

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  3. Ah, esqueci um pequeno detalhe, adorei a sua passagem no meu recanto. Sinto grde meiguice
    na tuas falas eis o que chamo de versos bonitos, a candura que retratas que nos toca o coração...

    Bjss

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  4. prima,
    e que isso, seja um motivo de caminharmos sempre perto, uma a outra.
    eu te amo muito.

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